quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

PCE-ESCS Estudo de caso- Hepatite C

J.M.M. 28 anos, masculino, solteiro, possui parceira fixa, mas se relaciona com parceiras eventuais. Procurou o Centro de Saúde para realizar exames.
Os marcadores tiveram como resultado e interpretação.

  • HBsAg Não reagente- não possui o HBV
  • Anti-HBc total reagente- Marcador de contato prévio
  • Anti-HBs reagente- Imune a HBV
  • Anti-HCV reagente- Infectado pelo HCV
  • HBeAg não-reagente- Sem replicação viral
  • Anti-HBe Reagente- Bom prognóstico para HBV
Diagnóstico: Hepatite C
*Não há vacina  e nem imunoglobulina para Hepatite C
Medidas de controle:
*Aos portadores  crônicos do HCV são recomendadas as vacinas contra Hepatite A e B, se forem suscetíveis, evitando o risco dessas infecções. Como o paciente estudado tem Anti-HBs reagente não precisa realizar a imunização para hepatite B, pois os anticorpos estão ativos.
* Orientar os portadores de HCV a evitarem a transmissão do vírus.
* Embora o risco transmissão sexual seja pequeno, essa informação deve ser repassada para casais discordantes, do qual um tenha e o outro não.
* Orientar o uso de preservativo para prevenir DST e AIDS.
* O portador de HCV não deve realizar doação de sangue.

Tratamento:
Depende do genótipo identificado da hepatite C.
quadro pendente..ainda a colocar..

PCE-ESCS Estudo de caso- Sífilis Gestacional e Congênita.

PCE, Eletivas! Jan/2011!
Vigilância Epidemiológica!
RN da R.K.F. VDRL Reagente, 1:32, iniciou o pré-natal no terceiro trimestre, tratou sífilis terciária 10 dias antes do parto.Parceiro desconhecido.
Esclarecimento do caso:
A paciente deveria ter começado o pré-natal assim que foi diagnosticado a grávidez, e assim ter iniciado o tratamento de sífilis, caso já tivesse contraído.
O tratamento da sífilis é adequado quando termina 30 dias antes do parto e tenha sido administrado dose corretas em períodos necessários, segundo o protocolo.
O tratamento da R.K.F. estava em andamento quando o parto venho a acontecer. Conduta:Realizar o tratamento do RN durante 10 dias com Penicilina G Cristalina 50 mil UI/Kg, Intravenosa, 12/12hr (nos primeiros 7 dias de vida) e 8/8hr (após 7 dias de vida), durante 10 dias e relizar oseguimento:
Consultas ambulatoriais mensais até o 6º mês de vida e bimensais do 6º ao 18º mês; Realizar VDRL com 1 mês,3,6,12 e 18 meses de idade, interrompendo o seguimento com dois exames consecutivos de VDRL negativos; Realizar TPHA, FTA-Abs ou Teste rápido ( treponêmico) para sífilis apartir os 18 meses de idade para confirmação do caso; Caso sejam observados sinais clínicos compatíveis com a ingecção treponêmica congênita, deve-se proceder à repetição de exames sorológicos, ainda que não esteja no momento previsto acima; Diante de elevação do título sorológico ou da sua não negativação até os 18 meses de idade, reinvestigar o paciente e proceder ao tratamento; recomenda-se o acompanhamento oftalmológico semestral por 2 anos; Nos casos em que o LCR mostrou-se alterado, deve ser realizada uma reavalização liquórica a cada 6 meses até a normalização do mesmo; alterações persistentes indicam avaliação clínico-laboratorial completa e tratamento; Nos casos de crianças tratadas de forma inadequada, na dose e/ou tempo do tratamento preconizado, deve-se convocar a criança para reavaliação clínico-laboratorial, ereiniciar o tratamento da criança, obedecendo aos esquemas anteriormente descritos. Tratamento da mãe, Penicilina G Benzatina 7.200.000 UI, I.M., 1.200.000 UI em cada glúteo até completar o ciclo, intervalo de 1 semana. Terminar o ciclo mesmo tendo ocorrido o parto.
Após 30 dias da realização do tratamento, realizar VDRL para verificar a titulação.
Buscar o parceiro para tratamento e realiza-lo concomitantemente.

Obs: Caso tenha alergia a penicilina
Usa-se Eritromicina (estearato) 500 mg-1 comp 6/6hr, via oral, por 15 dias (sífilis recente) ou 30 dias (sífilis tardia). O seu uso não é tão efetivo quanto a penicilina, pois não atravessa a barreira transplacentária, e consequentemente não trata o feto.
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PCE-ESCS Estudo de caso- Sífilis Gestacional.

PCE, Eletivas! Jan/2011!

Vigilância Epidemiológica!
M.A.C. 30 anos, casada, parda, 2º Grau completo, Compareceu ao Centro de Saúde para iniciar seu pré-natal, já no 2º trimestre. Foi realizado um teste rápido de VDRL, que teve por resultado positivo e 1:4, respectivamente.
Conduta frente ao caso:Iniciar o tratamento com penicilina G benzatina 7.200.000 UI, sendo administrada 1.200.000 UI em cada glúteo, I.M., realizado com intervalo de 1 semana, até completar o ciclo.Justificativa: Como não foi relatado s.s. trata-se a sífilis terciária.Tratar o parceiro concomitantemente
Após 30 dias do tratamento, realizar VDRL para constatar a titulação e reavaliar a necessidade de retratamento. O tratamento feito com a mãe consequentemente trata o filho, pois é resultado da passagem transplacentária.
Teste Rápido:Treponêmico " Novo" utilizado no Distrito Federal.VDRL: Demostra a titulação se ao acaso o teste não-treponêmico der reagente.

PCE-ESCS/ Sífilis Adiquirida! S.S

Sífilis Adiquirida 



Primária:
Lesão inicial; Cancro Duro ou protossifiloma, Adenite Satélite (gânglio). Desaparece em 4 semanas.
* Testes Treponêmicos positivos a partir da 3º semana de infecção;
* Não-Treponêmicos positivos a partir da 4º semana ou 5º semana.
Secundária:
Disseminação dos treponemas pelo organismo.As suas manifestações surgem4 a 8 semanas do aparecimento do cancro duro. Apresenta-se com exantema mobiloforme não-pruriginoso (que não coça); A roséola sifilítica; Lesões papulosas palmo-plantares; placas mucosas; Adenopatias generalizada ( gânglios aumentados); Alopécia em clareira (queda de cabelo localizados) e codilomas planos (papulas)
Terciária:
> 1 ano.
Através de testes laboratoriais, confirma o diagnóstico pela presença de treponema pallidum.
Apresenta-se com lesões gomosas e nodulares, de cárater destrutivo (cutânea); Osteíte gomosa, periostite osteíte esderosante, artralgias, artrites, sinovites e nódulos justa-articulares(óssea);Aortite sifilítica- insuficiência aórtica, aneurisma e estenose de coronárias (cardiovascular); Meningo-vascular, meningite aguda, goma do cérebro ou da medula, crise epileptiforme, atrofia do nervo óptico, lesão do sétimo par, paralisia geral e tabes dorsalis( Sistema Nervoso).

VDRL: Não-treponêmico , microaglutinação que utiliza a cardiolipina. O resultado é dado em diluições e esse é o método para seguimento da resposta terapêutica, pois nota-se redução progressiva dos títulos. Baixa especificidade.



Fonte:
BRASIL. Ministério da Saúde. Doenças infecciosas e parasitárias. Brasília: Ministério da Saúde, 2010.

PCE-ESCS- Hepatites Virais Def/Marcadores.

Vírus de Hepatite A, B, C, D e E (HAV,HBV,HCV,HDV e HEV).
Transmissão:
1. HAV e HEV- [fecal-oral]
* Saneamento Básico, higiene pessoal,qualidade da água e dos alimentos.
* Casos de transmissão percutânea ( inoculação acidental) e/ou parenteral (transfusão) são raras, pois o período de viremia é baixo.
2.HBV,HCV e HDV.- Parenteral, sexual, compartilhamento de objetos contaminados, utensílios para colocação de  piercing e confecção de tatuagens e outros instrumentos usados para uso de drogas injetáveis e inaláveis.
Nestes casos pode ocorrer transmissão vertical
*Obs: A transmissão vertical do vírus A e E não tem importância**.


Interpretação de marcadores:
Hepatite A:
Anti-HAV IgG: Quando reagente simboliza imunidade adquirida, cicatriz imunológica, imunidade vacinal. O Resultado reagente também pode ser considerado quando os marcadores se apresentarem como: Anti-HAV total positiva e Anti-HAV IgM negativo. Pois por conseguinte IgG está presente, há uma memória que produziu anticorpos, por ter ocorrido um contato anterior.
Anti-HAV IgM: Reagente é contato recente com o HAV.
Hepatite B:
HBsAg: Antígeno de surpefície do Vírus da Hepatite B (HBV), se der reagente, ele é portador do HBV.
Anti HBs: Anticorpos da classe IgM contra o antígeno do núcleo do HBV. Reagente, está imunizado.
HBeAg: Representa a replicação viral. Isso é relativo ao HBV. Se reagente está em replicação, caso seja não-reagente representa não ocorrer replicação viral.
Anti-HBe: Marcador de bom prognóstico, sem replicação viral, se reagente.
Anti-HBc: Anticorpos da classe IgG contra o antígeno do núcleo do HBV- Marcador de contato prévio.
Anti-HBc IgM: Anticorpos da classe IgM contra o antígeno do núcleo do HBV- Marcador de contato recente.
Hepatite C:


Anti-HCV: Reagente (infectado pelo HCV). Anticorpos contra o vírus HCV- Marcador de triagem para hepatite C, mas não especifica se é crônica, aguda ou curada.
HCV-RNA: É o primeiro marcador a aparecer entre 2 semanas após a infecção.
Utilizado para confirmar a infecção em casos crônicos, monitorar a resposta ao tratamento e confirmar resultados sorológicos indeterminados, em especial em pacientes imunossuprimidos.